Aguardo
Ainda à espera por definições da Rua do Doce
Conclusão das obras no novo local depende dos recursos de emenda parlamentar
Carlos Queiroz -
Doceiras ainda esperam por definição da Rua do Doce
Por Redação
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Conclusão das obras no novo local depende dos recursos de emenda parlamentar
Uma promessa que já dura três anos. As doceiras das bancas localizadas na travessa Ismael Soares ainda esperam pela mudança de local. A expectativa é que as novas instalações sejam na rua 7 de Setembro, que ainda não conta com estrutura para comercialização dos doces. De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão, Roberto Ramalho, a construção de estrutura para a Rua do Doce depende do ingresso de recursos do Ministério do Turismo, oriundos de uma emenda parlamentar do deputado federal Afonso Hamm (PP-RS).
No calçadão da rua 7 de Setembro, parte da via com início na Andrade Neves é elevada e calçada com paralelepípedos. O local deverá abrigar os quiosques fixos destinados à comercialização dos doces. Ramalho afirma que a construção das estruturas está atrelada à liberação de R$ 270 mil e que, em seguida, será aberta licitação para a construção das bancas.
"Colocaram que em oito meses iríamos sair daqui e já estamos há três anos", relata Sônia Santana, que trabalha como auxiliar nas bancas de doces localizadas na Travessa Ismael Soares, se referindo à mudança do calçadão da Andrade Neves para endereço ao lado da Biblioteca Pública Pelotense (BPP). Segundo ela, o movimento cresceu ao longo do período, devido à divulgação por mídias sociais e pelo contato entre os populares que passam pelo local. Mas o faturamento ainda está abaixo da antiga localização.
Um dos motivos do baixo movimento apontado pelas doceiras é a presença de artesãos, deslocados da rua Sete de Setembro com o início das obras de revitalização. A concentração dos vendedores dificulta a visão de quem passa pela rua Andrade Neves, local de grande circulação de pessoas."A localização não é ruim, mas o artesanato trava a rua e polui", conta Zaila Costa, doceira há 37 anos, que também reclama da falta de estrutura e de segurança na travessa.
A doceira afirma ainda que não houve diálogo por parte da administração municipal e que teme que as vagas no novo local não sejam destinadas às 12 doceiras do atual endereço, que se alternam mensalmente. "Eu quero trabalhar, não posso parar de trabalhar", pontua.
De acordo com o Secretário de Desenvolvimento, Turismo e Inovação (Sdeti), Gilmar Bazanella, há um projeto de requalificação da Travessa Ismael Soares em desenvolvimento na Secretaria de Cultura (Secult). O local deverá abrigar as bancas de doces e dos artesãos. Bazanella também afirma que sempre houve diálogo com elas e que haverá reuniões quando for definida a forma de preenchimento das bancas a serem instaladas após a conclusão das obras na rua Sete de Setembro. "Provavelmente será um processo licitatório".
Peregrinação
Com 33 anos, a Rua do Doce já migrou entre localidades no Centro de Pelotas. Teve início na Rua 7 de Setembro e depois passou pela praça Coronel Pedro Osório, Mercado Central e Calçadão de Pelotas, na rua Andrade Neves. Atualmente está localizada na travessa Ismael Soares.
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